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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

                         Quem é você? Pergunta difícil de responder, não é? Quem somos é algo que está em constante mutação, mesmo ...

O vento da mudança

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            Quem é você? Pergunta difícil de responder, não é? Quem somos é algo que está em constante mutação, mesmo que a gente não perceba. Sempre tem algo ou alguém que nos inspira e que nos modifica, que desperta em nós boas e novas características ou uma maior intensidade daquela que já tínhamos, mas, também, é despertado em nós, tantas vezes, nosso lado mais sombrio.
          É fato que nem sempre gostamos de quem estamos sendo, mas a boa notícia é que cada segundo é um novo tempo para sermos quem queremos ser e o melhor que podemos ser. Não precisamos, nem devemos ser aquilo e apenas aquilo que nos desagrada, que cria em nosso corações contradições, porque nós temos a possibilidade de nos recriar, sobretudo, melhorar o "eu", bastando apenas refletir sobre nossas atitudes, pensamentos e sentimentos, como um processo de nos conhecer para nos corrigir e o mais importante: acreditar que podemos ser quem quisermos ser. Sim, eu posso ser tudo aquilo que eu quiser e eu tenho todos os dias uma nova oportunidade de ser para mim e para o outro aquilo que nos melhora e que nos inspira, usando o velho clichê, eu posso ser a mudança que eu quero ver no mundo.
            Mas tão importante quanto melhorar é saber nos aceitar. É ter consciência de que eu não tenho que ser igual ao outro, de que eu não devo estar a me comparar ao outro e isso exatamente porque sou único e insubstituível no mundo e isso é o que faz de mim especial. É preciso ter cuidado para não cruzar a linha tênue entre admirar as atitudes do outro, acrescentando a mim o que vejo de positivo, e tentar ser o outro, neste caso, ao invés de permitir que o outro me acrescente, estarei eu fazendo de mim uma cópia do outro e esquecendo de mim e todas as minhas qualidade, desvalorizando o meu eu.
               Ainda falando sobre nos aceitar, é importante saber que mesmo que eu me considere bom ou reconheça os melhores traços da minha personalidade, eu não tenho que me acorrentar a quem fui nem temer a mudança que eventualmente ocorrerá em mim. Ouvi dizer que com o passar do tempo vamos evoluindo, deixando pelo caminho camadas de nós que já não se encaixam e, com sorte, nos tornando mais leves.
       Então, por mais difícil que seja mudar, não evite a mudança, aprenda a lidar com ela e compreenda que as necessidades mudam e que o que te fazia antes não necessariamente te faz agora. Também aprenda com suas mudanças a não ser egoísta e não cobrar dos outros que sejam quem um dia foram, pois apenas eles sabem aonde o calo apertou e o que precisaram deixar ir para viver uma realidade mais confortável, não cabe a nós julgar as transformações que o outro vive.

                     

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